sexta-feira, 20 de maio de 2011

Post Zero - Parte II

Sempre tive problemas em começar textos. O importante a dizer aqui, é que não pretendo ter obrigação com nada ou com ninguém. Escrevo (de) dentro das minhas entranhas, escrevo com sangue, escrevo com lágrimas, e com sorrisos.
Acho que existem muitas formas de conhecer um pouco sobre as pessoas. Quem me lê às vezes acaba me conhecendo e entendendo mais sobre mim do que quem me ouve. É muita força, muita intensidade. É muita hemorragia, pouco medo. Mergulho no que digo, e não sei desdizer. É tão intenso que não dá pra mentir. A partir de agora, aquele que me ler, saberá quem sou. E olhará pra dentro de mim sem olhar nos meus olhos. Não vai me ver, nunca vai me ver. Mas vai ver o que interessa.
Nos dias de doçura, quem ler, saberá. Sou Sour, sempre Sour. Mas também sei ser Sweetie. Posso ser sua Sweetie. Posso ser apenas Sweetie. Até poderia ser apenas sua, se isso não fizesse eu me sentir um pedaço de carne.
O Panacéia Perversa (ou apenas PP) pretende ser um diário, daqueles recebem nossos pensamentos e que tatuam a gente por dentro. Que expressam sentimentos. Qualquer sentimento. E sentimento de mulher é potencialmente mais perigoso. Mulheres tem TPM. Mulheres sentem-se (muito) carentes. Sentem-se felizes. Sentem dor, ficam tristes. Amam. Eu quase não amo, mas amo com intensidade. Em mim, tudo é intenso, o que me faz temperamental. Pequena e temperamental. Nas vezes em que isso é bom, talvez eu renda alguns bons escritos. Nunca entrarei pra posteridade, mas meus monstros pessoais sairão de mim. Eu pretendo. Eu espero.
Não quero escrever pra você, não quero escrever pro Bruno, não quero escrever pra ninguém. Nem pra mim. Com certeza, não quero escrever pra mim. Quero que isso saia de mim. Qualquer dia, vocês devem entender alguma coisa do que escrevo. Quando isso acontecer, o texto também será seu. Minhas letras serão um pouco suas. Minhas palavras serão um pouco suas. É assim que eu consigo ser de vocês. Assim eu sou “sua Sweetie”.
É bem clichê quando as pessoas falam que “podem comentar e falarem o que quiserem”. Claro que podem. O espaço está lá, e o texto também. Está passível de críticas, senão não estaria lá, e é claro que podem falar o que quiserem. Feliz ou infelizmente, eu não me importo muito, mas se for pra xingar a mãe, como o Bruno falou, que seja a mãe dele. Eu não ligo, mas minha mãe liga.
Compartilhar sentimentos é uma sensação mais velha que a soma das idades da Hebe e da finada Dercy Gonçalves, que o diabo a aguente. A gente sempre espera do outro, e o outro espera da gente. Pra que um se proponha a aceitar parte de uma dor, e que o outro se proponha a doar felicidade pra tapar o buraco que ficou. E vice-versa. Ainda bem que não espero isso de vocês, estaria frita. Desculpe a aparente falta de confiança, mas se expor os sentimentos tão cruamente pra você ler não é confiança, então, por favor, alguém me explique. Grata. Não sei como chegou aqui e nem sei como aguentou me ler, mas só por isso você merece parabéns, porque é quase um santo. Por hoje você me aguentou. Espero que volte amanhã. Volte sempre. Esse é nosso mundo, e só a gente entende. Agora é um pouco seu também, entenda. Ninguém sabe, ninguém entende, mas o mundo é nosso.
Sua Sweetie.

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